O termo Guerra do Kosovo
ou Conflito do Kosovo é
usualmente usado para descrever dois conflitos armados e seguidos na província sérvia.
Estes conflitos foram:
- 1996–1999: Conflito entre forças
de segurança sérvias e Iugoslávia e o Exército
de Libertação do Kosovo (ELK), uma guerrilha formada por integrantes de
origem étnica albanesa que
lutava pela independência da província.
24 de Março-10 de Junho de 1999: Guerra entre a Iugoslávia e a Organização
do Tratado do Atlântico Norte,[11] quando a Otan atacou alvos
iugoslavos, seguiram-se os conflitos entre a guerrilhas albanesa e as forças
sérvias e formou-se um grande número de refugiados.
A tensão entre separatistas de origem albanesa e o
governo central da Iugoslávia, liderado pelo presidente nacionalista Slobodan Milosevic aumentou ao longo de 1998.
Guerrilheiros do Exército de Libertação do Kosovo(ELK)][12] intensificaram
as suas acções contra alvos sérvios e passaram a controlar partes da província.
A reação de Belgrado despertou
preocupação na comunidade
internacional, como suspeitas de atrocidades por parte do exército
Iugoslavo.
Reunião na França
Apesar de Milosevic ter decretado cessar-fogo em Dezembro
daquele ano, a violência continuou. Um grupo de contacto entre sérvios, líderes
da comunidade albanesa em Kosovo e representantes das principais potências
mundiais foi formado para negociar um acordo de paz que colocasse fim aos
conflitos entre os guerrilheiros do ELK e as forças iugoslavas de Slobodan
Milosevic. O tratado previa a autonomia de Kosovo, a retirada das forças
sérvias da província e a presença de tropas de paz, sob o comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte,
para monitorar o acordo caso ele entrasse em vigor.
A reunião realizada em fevereiro de 1999, na região no castelo
de Rambouillet, na França,
fracassou.[13] Os diplomatas
sérvios aceitavam conceder autonomia ao Kosovo,[14] mas essa fora
rejeitada pelos independentistas albaneses.[15] Inversamente, os
sérvios recusavam a presença da OTAN no território, a qual era desejada pelos
albaneses.[16]
Início da guerra da OTAN contra
Belgrado
Após fracassar as negociações de paz sobre o
conflito separatista, a Otan atacou a Iugoslávia em 24 de março 1999,[17][18] dando início à Guerra do Kosovo. A Otan exigia que Milosevic aceitasse
as bases do acordo de paz de Rambouillet.[19] A ofensiva
começa com ataques a alvos militares, mas a estratégia ampliou ações contra
estúdios de televisão, pontes, fábricas e o sistema de electricidade da Sérvia.
Fim da guerra
Após 79 dias de bombardeios, em 3 de Junho de 1999, os líderes ocidentais e
Milosevic chegaram a acordo para o fim da guerra: as tropas sérvias iriam
retirar-se e permitir o estacionamento de uma força internacional de paz no
Kosovo.[20] Em 10 de Junho, a cúpula
militar da Iugoslávia assinou o acordo para encerrar o conflito.[21][22]
Após a entrada das tropas da OTAN em Kosovo, foi
instaurado um governo provisório, sob tutela da ONU. A maioria dos soldados do exército iugoslavo
deixou a província, e ao mesmo tempo em que refugiados de origem albanesa
iniciaram retorno ao território,[23] cerca de 200 mil
sérvios fugiram para a Sérvia[24] por temerem
represálias.[25]
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