sábado, 2 de junho de 2012

COMO FAZÍAMOS SEM...RUAS?
Chegar em casa exigia atravessar o telhado dos vizinhos
Como a galinha chegava ao outro em Çatal Höyük um dos primeiros aglomerados urbanos do mundo, na atual Turquia? Definitivamente, ela não atravessava a rua. Não havia nada parecido a ruas em Çatal Höyük, um povoamento com 9 mil anos de idade, descoberto em1958 pelo arqueólogo britânico James Melhaart. Em seu auge 8 mil pessoas viviam ali. Tecelões, carpinteiros, fabricantes de armas que ocupavam uma área de 13 hectares. Só não foi encontrado nada que se parecesse com uma estrutura administrativa. Ninguém sabe mesmo como chegaram lá. Além de ruas, não havia estradas no lugar. As casas eram apinhadas, construídas uma ao lado da outra e para entrar nelas se usava uma clarabóia no teto. Nada de janelas e portas.
Pode parecer estranho, mas as ruas tiveram de ser inventadas. A palavra para ela, via strata, so apareceu com os romanos - os primeiros a pavimentar o caminho com pedras. De strata derivou a palavra inglesa street.O caminho mais famoso, e um dos mais antigos de 312 a.C, é a Via Appia, que ligava Roma a Cápua e tinha mais de 200 km.
As primeiras ruas urbanas eram o que conhecemos hoje como vielas e servidões. E tinham um papel importante, além de garantir o direito de ir e vir: eram o cenário de interação social. Foi em Paris que as antigas ruelas medievais deram lugar a avenidas largas no século XIX. A figura-chave desse processo foi Georges-Eugènes Haussmann, o "artista demolidor". Por ordem de Napoleão III, ele botou quarteirões inteiros, criando os bulevares e avenidas, como a Champs-Elysées, copiada no resto do mundo.


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